As fraturas da cabeça do fémur são raras, geralmente em consequência de traumatismos de alta energia, podendo estar associadas a fraturas da bacia ou a luxações da anca.
Fratura da Cabeça do Fémur
Isolada ou com lesão associada (Pipkin)
Tipicamente resultam de acidentes de viação (doentes sem cinto de segurança que embatem com o joelho contra o painel frontal do carro), quedas de altura, lesões desportivas ou acidentes industriais. As lesões que lhe estão associadas mais frequentemente são: a) fratura do colo do fémur; b) fratura acetabular; c) neuropraxia do nervo ciático; d) necrose avascular da cabeça do fémur (NAV); e) lesão ligamentar e instabilidade do joelho.
Os sintomas cardinais são: dor localizada à região da anca, impossibilidade para a marcha e outros sintomas associados ao traumatismo que provocou a lesão. O diagnóstico faz-se com o recurso à radiografia simples da anca e bacia e pode ser necessário o recurso da tomografia computorizada para confirmação da lesão, patologia associada, redução articular, pesquisa de corpos livres articulares e classificação do tipo de fratura para o respetivo tratamento.
As fraturas sem desvio podem ser tratadas de forma conservadora.
As fraturas com desvio normalmente envolvem tratamento cirúrgico:
– pequenos fragmentos ósseos podem ser removidos por via artroscópica;
– grandes fragmentos ósseos em pessoas jovens são passíveis de fixação com parafusos;
– grandes fragmentos ósseos em pessoas idosas envolvem a colocação de uma prótese parcial ou total da anca.
